quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DITOS E REDITOS

Eis a proveniência de algumas expressões e ditados que utilizamos no nosso dia a dia



O pior cego é o que não quer ver
 
Esta expressão, que actualmente se aplica a alguém que se nega a admitir o que está diante do seu nariz, provem de um episódio histórico, muito curioso.
Estávamos em 1647, Nimes - França e o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fazia o primeiro transplante de córnea em um aldeão de seu nome Angel. 
Foi um sucesso para a medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a ver ficou horrorizado com o mundo ao seu redor. Para ele o mundo que imaginava era muito melhor e mais bonito e por isso pediu ao cirurgião que lhe arrancasse os seus olhos.  
Este caso, peculiar, acabou no tribunal de Paris e no Vaticano. E Angel ganhou a causa entrando para a história como o cego que não quis ver. 


Sem papas na língua

Expressão derivada de uma frase castelhana - “no tener pepitas em la lengua”.
Em castelhano "pepitas" é um diminutivo de papas e não são mais que partículas que surgem na língua de algumas galinhas.
São uma espécie de tumor que lhes obstrui o cacarejo.
Assim, quando não há "pepitas", a língua fica livre.
Daí o significado desta expressão: ser franco, dizer o que sabe, sem rodeios. 


Santinha do pau oco

Esta expressão terá nascido no Brasil, provavelmente em Minas Gerais, entre o final do séc.XVII e início do séc.XVIII.
Estávamos no período colonial, no auge da mineração no país. E para fugir à cobrança dos altos impostos (20% que a coroa portuguesa cobrava de todos os metais preciosos encontrados), eram utilizadas estátuas de santos, ocas por dentro.
E nelas se introduziam o ouro em pó, entre outros metais preciosos.
Devido a esta falsidade, embuste, esta expressão aplica-se àqueles que se fazem de bonzinhos, mas pelo contrário de santos nada têm.





  .... continua, numa próxima oportunidade ;)



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013